O governo tem um "inimigo" cada vez mais evidente na guerra que trava para segurar a inflação: a vontade dos grandes bancos de emprestar. As instituições estão se desdobrando para atrair novos clientes, principalmente os que têm menor risco de calote. A estes, oferecem condições melhores, como juros diferenciados. Os resultados são evidentes. Segundo levantamento da Austin Asis, as receitas com a concessão de crédito de cinco grandes do mercado - Banco do Brasil (BB), Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal - cresceram 21,1% entre janeiro e março sobre igual período de 2010, contra teto de 15% considerado ideal pelo Banco Central (BC) e 13,1% de expansão no primeiro trimestre de 2010. Nem o cenário de juros maiores e as medidas oficiais que buscam inibir os empréstimos estão resfriando o ímpeto das grandes instituições, informa a reportagem de Patrícia Duarte
Mantega:Déficit e inflação têm trajetória de queda
- Os bancos estão garimpando mais as oportunidades, ampliando a base de clientes. Tem banco no qual dois terços dos clientes ainda não tomaram crédito. Isso mostra um potencial enorme - conta um alto executivo de um grande banco, lembrando que os ganhos com crédito são uma das principais fontes que garantem bons resultados para as instituições.
A carteira de crédito desses cinco bancos, no fim do trimestre passado, avançou 22,4%, frente aos 17% vistos entre janeiro e março de 2010, e chegou a R$ 1,269 trilhão. O movimento foi mais intenso que o da média do mercado que, no período, cresceu 20,7%, segundo dados mais recentes do BC. Os números mostram que o apetite dos bancos não diminuiu, mesmo com todas as ações do governo para segurar os empréstimos. A intenção é que, com menos crédito, o consumo caia e, com ele, a pressão sobre a inflação.
Peso do segmento é de 46% do PIB
Especialistas consultados pelo GLOBO concordam que, daqui para frente, o crescimento do crédito no país deve perder força, por causa das medidas já adotadas pelo governo e as que ainda virão. Alertam, porém, que elas podem não ser suficientes para segurar a inflação.
- Esse apetite é um fator de risco e pode até estourar o teto da meta de 6,5% pelo IPCA no fim do ano se a demanda não for moderada. Isso pesa em 2012 - diz o economista-chefe da Máxima Asset Management, Elson Teles, que prevê o IPCA a 6,40% em 2011 e a 5,50% no ano que vem.
O BC tem dito que a inflação, que hoje já bate 6,50% anualizados, vai convergir para o centro da meta, de olho apenas em 2012. Para tanto, deixou claro que o ciclo de aperto monetário será "por um período suficientemente prolongado".
Tania Cardoso
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