A conta agora é toda sua O Globo, Karine Tavares, 08/mai

09/05/2011 15:11

 

 

 

Hidrômetros individuais passam a ser obrigatórios para novas construções, e cresce número de prédios antigos que instalam o sistema

Em quatro anos, 55% dos municípios brasileiros poderão ter seu abastecimento de água comprometido em algum grau. O dado é do "Atlas da Água", divulgado pela Agência Nacional de Águas (Ana) em março. Algumas regiões já enfrentam essa realidade. Em Bagé, Rio Grande do Sul, a população sofre com estiagem há seis meses. A quantidade de chuva é tão pequena que o Departamento de Água e Esgotos da cidade racionou a água por 13 horas diárias e instituiu um baixo volume de consumo por cada família: 15 metros cúbicos ao mês. Quem gastar menos garante o crédito, em água, para meses subsequentes. Quem ultrapassar, paga caro: cada mil litros excedentes valem 50% do cobrado pelos 15 mil litros da tarifa base.

E você? Quanto sua casa consome e qual o valor da água? Quem mora em condomínio, onde a cobrança costuma ser rateada entre os moradores, certamente vai ter dificuldades para responder a essas perguntas. Até porque, quando não pesa no bolso, a água costuma ir, literalmente, ralo abaixo. De qualquer forma, anote aí: o consumo médio mensal no Rio é de 30 mil litros por família, e o piso da tarifa base, de 21 mil litros.

Uma das soluções para se evitar o desperdício é instalar hidrômetros individuais. No Rio, a prática virou lei, sancionada em 22 de março (Dia Mundial da Água). A obrigatoriedade, contudo, só atinge as novas construções. Para as antigas, a decisão fica a cargo do condomínio. Mas já cresce o número de prédios que aderem ao sistema.

Economia pode chegar a 50%

- O hidrômetro individual é um avanço enorme, mas pelas dificuldades técnicas de implantação em edifícios antigos, não seria possível tornar sua instalação compulsória. O incentivo a quem se dispuser a fazer o retrofit de seu edifício pode ser o caminho - diz o presidente da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura do Rio, o economista Sérgio Besserman.

Entusiasta da lei, Besserman lamenta que ela tenha chegado só agora por aqui e acredita que um incentivo do governo estadual, como a redução de impostos, poderia ser o empurrãozinho que falta para mais condomínios considerarem a mudança das instalações. As vantagens, garante, são inúmeras. Além da economia direta com a conta d'água, há redução da inadimplência, das despesas com energia elétrica (o volume de água a ser bombeado no prédio diminui) e do esgoto produzido. A medida ainda facilita a identificação de vazamentos.

As obras para instalação em prédios antigos, entretanto, nem sempre são fáceis. Mas quem já fez garante que consegue economizar em média 30% na conta. Em alguns casos, essa redução chega a 40% ou 50%. O condomínio Alsacia, na Barra, pagava R$30 mil por mês no verão. Com a individualização, a conta caiu a R$14 mil na mesma época. E fica em R$12 mil nos meses mais frios.

Obra foi acompanhada de perto

Em outro prédio, esse no Recreio, a obra ficou pronta em uma semana. E a conta, de R$8 mil, chega a menos de R$2 mil. Os condomínios continuam recebendo uma conta única da Cedae. A leitura individualizada é feita pelas empresas que instalaram os hidrômetros. É daí, aliás, que elas sobrevivem, cobrando taxa que varia de R$3 a R$5 por condômino, para fazer a leitura do consumo e a manutenção dos equipamentos. Ao condomínio, cabe cobrar às unidades o valor gasto por cada uma.

O sistema que começa a ganhar força no Rio agora, há muito já faz sucesso em São Paulo. Síndico de um condomínio com 140 unidades em Itaquera, Maurício Jovino é um dos pioneiros da instalação de hidrômetros individuais na cidade dez anos atrás. Para não ter problemas, pesquisou durante dois anos e ensina:

- Para fazer a obra com segurança, escolhemos uma empresa que tinha o registro do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), fizemos um memorial descritivo completo da obra e, além do supervisor da empresa, nosso zelador e eu acompanhávamos a entrega de material e fiscalizávamos a obra, inclusive com fotos.

Segundo especialistas, no entanto, prédios muito antigos podem exigir uma obra estrutural complexa para a mudança de todo o sistema de distribuição da água.

- Em prédios com muitas entradas de água, é preciso colocar novos ramais. Fica tão caro que acaba inviabilizando a obra - explica o engenheiro civil Abílio Borges, do Crea-RJ.

 


 

Contato

Tania Cardoso

taniacardosoimoveis@gmail.com

CRECI 34035

21-3681-2063 21-9111-9395
Skype tania.cardoso6
MSN: taniacardosoimoveis@hotmail.com

Pesquisar no site

 

 Profissionalismo, credenciamento junto ao CRECI, conhecimento de direito imobiliário, honestidade e qualidade de atendimento são requisitos essenciais para exercer a profissão de corretor de imóveis. Corretor de Imóveis tem registro no CRECI.


 

 

 

 

© 2010 Todos os direitos reservados.

Crie um site gratuitoWebnode